Alimentação Infantil – Os 10 Piores Alimentos

Como eu tenho filhos pequenos, achei de muita importância compartilhar este conteúdo para alertar a todos os pais e mães, que assim como eu tem a missão de educar e formar novas pessoas e nada melhor do que já ensiná-las a tratar bem de sua alimentação desde pequenos, afinal os filhos são o espelho dos pais, concorda? Quando uma criança come muito alimento industrializado, ela está pondo em risco o futuro da sua saúde, mas os seus pais é que são responsáveis por isto, porque uma criança dificilmente tem renda para comprar o que ela quiser, e se tiver e mesmo assim suas escolhas forem erradas, também cabe aos pais que a educam mudar este cenário.

Espero que goste. No final, deixe seu comentário para que eu possa saber se você gostou e assim me dedicar mais ainda.

Os 10 alimentos industrializados vilões da alimentação infantil

Nuggets, refrigerantes, sucos de caixinha, biscoitos recheados, salsicha ou hambúrguer congelado: qual criança não se derrete por essas guloseimas e qual pai e mãe, na correria do dia a dia, não costuma oferecer a elas os alimentos acima? O problema, explicam nutricionistas ouvidas pelo Tempo de Mulher, é que esses alimentos industrializados muitas vezes são ricos em sódio, gordura e açúcares refinados, considerado os grandes vilões da alimentação quando consumidos com muita frequência.

“Os nuggets, preparados com carnes processadas, contêm muito conservantes e têm alto teor de gordura. Por isso devem ser substituídos por peito de frango empanado caseiro”, recomenda Ana Carolina Terrazan, especialista em Nutrição Materno-Infantil e Doutoranda em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Já o refrigerante não traz qualquer benefício para a saúde. “São bebidas com altíssimo teor de sacarose, sódio e muitos corantes. As versões light e zero possuem adoçantes não indicados para crianças”, adverte Ana Carolina.

Os biscoitos recheados, alimentos rotineiros na dieta infantil, não agregam valor nutricional significativo à alimentação da criança e carregam gordura saturada, gordura trans, corantes e elevado teor de açúcar. “Um pacote de biscoito recheado apresenta 30 gramas de gordura e 50g de açúcar, equivalendo a 8 pães franceses”, adverte Karoline Basquerote, especialista em Nutrição Clínica e Doenças Crônicas do Hospital Moinhos de Vento e Pós-graduanda em Nutrição em Pediatria pelo Instituto de Pesquisas Ensino e Gestão em Saúde(IPGS).

O grande problema é que, em muitas casas, o alimento industrializado está 100% presente no dia a dia, enquanto os alimentos in natura ou as preparações caseiras não fazem parte da rotina alimentar.

“Em se tratando de alimentação infantil temos um número crescente e alarmante no consumo de alimentos ricos em sódio, gordura e açúcares refinados e estes são prejudiciais quando consumidos rotineiramente. Há muito com o que se preocupar quando temos consumo desenfreado de produtos cujos ingredientes principais são estes acima citados”, adverte Ana Carolina.

A nutricionista explica ainda que a gordura presente nestes alimentos raramente é um tipo de gordura “saudável”, sendo normal encontrar altos teores de gordura trans ou saturada em pequenas porções com uma quantidade de sódio (utilizado como conservante) que, muitas vezes, ultrapassa os limites de consumo aceitáveis para um dia inteiro.

Alguns produtos apresentam muito mais açúcar em sua composição

“A quantidade de açúcares também vai além da conta e, muitas vezes, os produtos apresentam muito mais açúcar em sua composição do que o alimento/nutriente natural, como, por exemplo, os sucos de caixinha em relação à fruta. O fato é que muitas famílias oferecem estes alimentos em demasia e ignoram os problemas que podem vir a enfrentar no futuro”, adverte a especialista em Nutrição Materno-Infantil, Karoline Basquerote.

Ela alerta que devemos evitar os alimentos industrializados com grande quantidade de conservantes e aditivos químicos em sua composição porque, além de serem pobres em nutrientes, prejudicam a absorção das vitaminas e minerais fundamentais ao nosso organismo.

E faz um alerta: o consumo excessivo desses tipos de alimentos está fortemente relacionado ao surgimento da obesidade infantil e, consequentemente, de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e dislipidemias (níveis elevados de gordura no sangue).

“Com o crescente aumento da obesidade infantil, diversos estudos têm apontado a alimentação inadequada, baseada em alimentos industrializados, como um dos principais vilões a desencadear doenças crônicas cada vez mais precocemente. Doenças que um tempo atrás eram encontradas apenas em adultos e idosos agora já apresentam casos espantosos na população infantil”, afirma Karoline.

No entanto, nada de radicalismos na hora de riscar estes alimentos de uma hora para outra da rotina alimentar dos filhos.

“Tenho duas filhas, estudo e trabalho com alimentação infantil e posso afirmar que a palavra “radical” não se encaixa com educação alimentar. A alimentação é um momento de confraternização e deve ser prazerosa, não incluindo o “proibido”. Sou a favor do eventual e da moderação. Se uma criança é educada desde pequena a uma alimentação adequada e saudável, automaticamente o consumo desses alimentos será moderado e não precisará ser restrito”, observa Karoline Basquerote.

Estabeleçam metas para consumo desses alimentos

Para as crianças que já consomem as “guloseimas” é possível estabelecer metas. O ideal, aconselha Ana Carolina Terrazan, é nunca cortar tudo de uma só vez. “Levar as crianças ao supermercado ou às feiras é sempre uma boa alternativa para colocar a criança em contato com os alimentos e instigar a curiosidade por outros sabores”, recomenda.

“Pais e mães devem estar cientes que, para que as crianças tenham bons hábitos alimentares, eles também precisam ter. Crianças normalmente se espelham nos pais e fica difícil para elas entenderem que um alimento não é saudável se os pais comem todos os dias esses alimentos. Uma dica para aqueles que oferecem esse tipo de alimento diariamente é reduzir a oferta para algumas vezes na semana inicialmente e seguir as orientações do nutricionista para a reeducação alimentar”, completa Karoline.

As nutricionistas explicam como o consumo excessivo desses alimentos industrializados podem estimular a obesidade infantil.

1. REFRIGERANTE: BEBIDA EXTREMAMENTE ÁCIDA

Uma lata de refrigerante possui, em média, 10 colheres de chá de açúcar, 150 calorias, de 30 a 55 mg de cafeína e corantes artificiais e sulfitos.

“Pode ser muito perigosa para os rins por ser uma bebida extremamente ácida. Também não podemos esquecer que os ossos funcionam como uma reserva de minerais. Um deles é o cálcio, que é despejado no sangue para ajudar a neutralizar a acidez causada pelo refrigerante, enfraquecendo os ossos e podendo levar a doenças como osteoporose, além de obesidade, doenças cardíacas e também cáries. Crianças que bebem refrigerantes apresentam níveis abaixo dos recomendados de vitamina A, que é um nutriente necessário para a visão e imunidade. O ideal é que o consumo de refrigerante seja extremamente eventual”, explica Karoline.

 

2. SUCOS DE CAIXINHA: MAIORIA É PREPARADA COM QUANTIDADE EXACERBADA DE AÇÚCAR, ÁGUA E CORANTES

Alimentação Infantil - Sucos de Caixinha

Alimentação Infantil – Sucos de Caixinha

Ana Carolina Terrazan: “É preciso escolher bem. Alguns produtos se dizem sucos quando, na realidade, de fruta mesmo não têm nada. A grande maioria é preparada com uma quantidade exacerbada de açúcar, água e corantes, com quase nada de fruta propriamente dita. A melhor alternativa é sempre tomar água ou sucos naturais feitos na hora. É possível ainda consumir polpas congeladas (congelar as frutas em porções ou versões industrializadas sem açúcar) e, eventualmente, escolher sucos industrializados sem adição de açúcar (normalmente os sucos concentrados integrais de uva e algumas poucas versões das marcas mais conhecidas)”.

Karoline Basquerote: “Infelizmente, a legislação brasileira não obriga os fabricantes a declararem o teor de açúcar na tabela nutricional. Existem os “sucos de fruta” e os “néctares de fruta”. Para serem considerados sucos, eles devem apresentar apenas a fruta e, em alguns casos, água, não contendo qualquer substância adicional. Já o néctar apresenta grandes quantidades de açúcar, além de aditivos químicos como corantes, conservantes e antioxidantes. Existem opções no mercado mais próximas ao natural, mas são poucas. O ideal é que o suco seja sempre oferecido ao natural de preferência feito na hora. Como muitas vezes essa opção é mais difícil, uma dica é fazer o suco natural e congelar nas garrafinhas já na porção que a criança vai ingerir”.

3. BISCOITOS RECHEADOS: ALTÍSSIMO TEOR DE GORDURA TRANS E ZERO NUTRIENTES

 

Ana Carolina Terrazan: “São alimentos que não matam a fome, têm altíssimo teor de gordura trans e zero de nutrientes. Uma alternativa é visitar uma loja de produtos naturais e experimentar os diversos biscoitos/palitos e cookies integrais”.

Karoline Basquerote: “O ideal é que as crianças não sejam apresentadas a esse tipo de alimento, mas, nos casos em que o consumo já é um hábito na família, a dica é inicialmente reduzir a quantidade oferecida e aos poucos substituir por opções mais saudáveis como as bolachas integrais”.

4. NUGGETS: UMA MISTURA DE INGREDIENTES NADA NUTRITIVOS

 

Karoline Basquerote: “Os nuggets são uma mistura de ingredientes não nutritivos normalmente feitos de pele e partes do frango, além de farinha e leite em pó. São temperados com glutamato monossódico, um ingrediente responsável por realçar o sabor das comidas. O glutamato é uma substância que interfere no paladar levando ao vício por esse tipo de sabor. A quantidade de proteínas não é a adequada. Por isso, a melhor maneira de ter a proteína na refeição é a tradicional, ou seja, através de um bife. Minha sugestão é o preparo de nuggets caseiros feitos com peito de frango triturado e com temperos naturais como sal, alho, cebola e ervas agosto”.

5. SALSICHA: POSSUI ALTO TEOR DE SÓDIO, MUITOS CONSERVANTES E CORANTES

 

Ana Carolina Terrazan: “Assim como os nuggets, salsichas não têm valor nutricional. São fabricadas com carnes processadas. Possuem alto teor de sódio, muitos conservantes e corantes. Para crianças pequenas, a alternativa é não oferecer mesmo! Para crianças maiores, reduzir o consumo já é uma boa alternativa. Ou deixar para consumir apenas em festas de aniversário ou eventos que não sejam corriqueiros”.

Karoline Basquerote: “A salsicha, muito adorada pelas crianças, não possui valor nutricional algum, além de ser feita com as partes menos nobres das carnes, mais precisamente as vísceras e todo o resto que naturalmente iria para o lixo. Não podemos esquecer também da adição excessiva de sódio e nitritos, susbtâncias altamente cancerígenas. Indico o consumo apenas eventualmente”.

6. HAMBÚRGUER CONGELADO: GORDURA TRANS EM NÍVEIS MAIS DO QUE ELEVADOS

 

Ana Carolina Terrazan: “Também possui gordura trans em níveis mais do que elevados. Uma alternativa é preparar um hambúrguer caseiro”.

Karoline Basquerote: “O hambúrguer congelado apresenta elevados teor de sódio e gorduras. O ideal é aquele preparado em casa em que a carne é comprada e temperada com temperos mais naturais. Uma dica é fazer vários em um dia e congelá-los. Quando quiserem consumir, é só colocá-los no forno com um fio de azeite de oliva”.

7. SALGADINHO DE SAQUINHO: UM BOOM DE GORDURA, SÓDIO E ZERO NUTRIENTES

 

Ana Carolina Terrazan: “Assim como os biscoitos recheados, os salgadinhos de saquinho conferem à criança um boom de gordura, sódio e zero de nutrientes! Crianças pequenas devem passar longe deste produto! Crianças maiores, que já possuem o hábito, podem substituir pelos produtos assados e integrais e, mesmo assim, deve-se reduzir o consumo ao máximo”.

Karoline Basquerote: “Esse alimento pode causar flutuação dos níveis de açúcar no sangue, levando a mudanças no humor, ganho de peso, irritabilidade, entre outros sintomas. Além disso, a maior parte desses salgadinhos é frita em óleo e está ligada a processos inflamatórios. Minha sugestão seriam torradinhas feitas com pão árabe no forno e temperadas com azeite de oliva e orégano ou queijo ralado”.

8. MACARRÃO INSTANTÂNEO: APRESENTA ATÉ CINCO VEZES MAIS GORDURA DO QUE O MACARRÃO TRADICIONAL

 

Ana Carolina Terrazan: “Apresenta as desvantagens dos produtos citados! Se a família fizer um macarrão sem ser instantâneo levará apenas 5 minutos a mais para cozinhar e é uma opção muito mais saudável. E, se o problema é tempo, um macarrão cabelinho de anjo fica pronto nos mesmos 3 minutos dos instantâneos. Além disto, o pó desse macarrã instantâneo, é uma concentração de conservantes com sódio que ultrapassa os limites adequados para crianças”.

Karoline Basquerote: “Para que o macarrão instantâneo tenha essa consistência e cozinhe rápido ele passa por um processo de fritura. As quantidades de sódio e gordura desse produto estão acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras diretrizes médicas. Apresenta até 5 vezes mais gordura do que o macarrão tradicional, além de apresentar também mais quantidade de sódio que um adulto saudável pode ingerir durante um dia todo. Aí podemos então imaginar o que significa isso para uma criança”.

9. ACHOCOLATADO EM PÓ: GRANDE MAIORIA TEM ALTO TEOR DE SACAROSE E OUTROS COMPONENTES

 

Ana Carolina Terrazan: “Os achocolatados mais comuns e mais consumidos possuem quase nada de cacau. A grande maioria tem alto teor de sacarose e outros componentes. A sugestão é testar cacau em pó ou chocolates 50% cacau, mesclando aos poucos com o achocolatado para diminuir a quantidade deste, que é mais doce”.

Karoline Basquerote: “Achocolatados, em sua grande maioria, apresentam quantidade elevada de açúcar na sua composição. Infelizmente a legislação brasileira não determina um limite, o que faz com que diferentes marcas exagerem ainda mais. Se uma criança tomar 3 copos de achocolatado utilizando a quantidade determinada na embalagem estará ultrapassando o consumo recomendado ao dia. Uma sugestão seria utilizar os achocolatados em pó orgânicos ou, então misturar, 1 lata de achocolatado em pó com a mesma quantidade de cacau em pó e, assim, diminuir a quantidade de açúcar oferecida”.

10. PAPINHAS: APRESENTAM POUCA VARIEDADE NA SUA COMPOSIÇÃO

 

Karoline Basquerote: “As papinhas prontas, no meu ponto de vista, não podem ser consideradas vilãs como todos os outros alimentos citados. Não indicaria que fosse oferecida diariamente no lugar da papinha caseira, feita com legumes e verduras fresquinhos. Mas, para o caso de uma eventualidade ou necessidade em que seja realmente impossível oferecer a papinha caseira, não vejo tanto mal. O problema é que as papinhas apresentam pouca variedade na sua composição e os temperos são sempre os mesmos, o que dificulta que a criança aprenda a comer de maneira mais saudável conhecendo realmente o sabor da cada alimento. A melhor maneira de oferecer a papinha para a criança é na maneira tradicional: com legumes e verduras frescos e variados”.

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